
Cidade Maravilhosa
Rio de Janeiro, te via como o amedrontador parque de diversões de traficantes, o drive true de drogas do Brasil. Uma cidade com corpos em cada esquina, sangue em cada ponto da estação de metrô, já que os jornais, revistas, insistiam falar de tragédias. Mas graças as marchinhas, Tom e Noel, sim aquele Noel! Entrava em conflito e urrava , minhas duvidas em um claro grito.
-Será que a “cidade notável ilimitável. Maior e mais bela que outra qual quer”, descrita assim no samba de Noel, poderia ser rodeada de tanto sangue?
Como não poderia viver, muito menos morrer, com essa duvida, resolvo fazer uma viajem, não qualquer uma mais sim de navio. Sai de Santos e teria que esperar mais um dia para ver a tal cidade, o primeiro dia custou a passar, passou devagar, mas a noite vem, e junto o cansaço e o sono, dormi no materno balanço das águas de março. No segundo dia, quando percebi que estava acordando, pulei da cama e olhei pela janela da cabine, estava nublado, com o tempo elas foram de dispersando e sumindo, quando percebo la estava o Corcovado, mas que visão. Me arrumo rápido, tomo o café feito um louco. Louco de vontade de desembarcar, ato que faço em plena Praça Mauá.
Passeio o dia inteiro, ando, e ando, olho a cidade, as pessoas na rua, algumas ricas, outras mais pobres, uns miseráveis e outros com mais sorte. Resolvo pegar o metrô e me deslocar para um bairro mais popular, visitar um local com o qual sempre sonhei. Logo que chego na estação sinto o frio que as notícias me fazem lembrar, com o tempo passa, me sinto melhor, desso na estação do centro e fico procurando a Rua Gonçalves Dias, 32. Quanto percebo lá esta ela, fico um pouco nervoso, e resolvo dar uma volta. Passou o tempo, voltei a mesma rua, e fico procurando o numero 32, Meus olhos se enchem de lágrimas, mas falo ao meu pai que era apenas um cisco. Continuo olhando vendo cada detalhe, da tão famosa Colombo, era simplesmente um sonho. Entro e vou ao segundo andar almoçar, e enquanto como o melhor, arroz de frutos do mar, seguido com as estupendas sobremesas, admiro os espelhos que iam do teto ao chão, e toda aquela arquitetura da época colonial. E como um susto, vejo um velho na porta da Colombo que era um assombro. E nessa imagem percebo que as marchinhas, Tom e Noel não erraram a retratar a cidade assim, eles apenas a viram com outros olhos. Não fecho os meus pois sei que as noticias também não estão mentindo, sei que existe sangue e dor nas rua, que não são tão puras, mas ainda tem grandes traços de doçura.