quarta-feira, 25 de março de 2009

Manhã;

Já sinto que é de manhã, mas lá fora ainda é noite, e a escuridão iluminada pelas estrelas, servem como um manto cobrindo a cidade. Estou me preparando para dormir, retirar, e durante algumas horas esquecer que existo, de meus problemas tão fúteis, mas mesmo assim conseguem incomodar, cutucam, minhas feridas abertas, forçando minha existência incerta.

O tempo vai passando, o cansaço, vai pesando cada vez mais, ao longo dessa noite fria, junto ao mundo que em cima de meus ombros vive. Esmagando, consumindo, degradando, cada pedaço de meu corpo. Nada pode impedir meu destino, de abrir os olhos e acordar amanhã; vestir minha roupa, fazer a cama, tomar café, e logo após um longo banho, almoçar entre o meio dia e a uma, ir para o meu quarto, e sutilmente sentar em minha cadeira, vendo lentamente as horas passarem, pelo meu relógio vermelho.

Pensamentos incertos, confuso, sofridos. Sinto mesmo me recusando a sentir, algo me atrai a olhar a janela, é sim, algo lá fora prende meus pensamentos. Levemente ergo a persiana, percebo, corro ao outro canto de meu quarto, e afobado olho no calendário, segunda de Carnaval. A inquietude passa , algo me assusta, amedronta, dou um passo para trás. Infelizmente isso foi apenas, a terrível realidade, os sentimento que pensei ter perdido no passado, me atingem novamente, calo, paro e penso no que fazer, já é noite lá fora, estou caçado novamente.

Deito em minha cama, vou dormir. Para no dia seguinte, acordar com a mesma sofreguidão, e me lembrar, que eu junto ao tempo, enfinco, novamente, uma faca em meu peito, que dilacera e estraçalho meu amargo coração.      

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