-Morrer não seria algo tao ruim.
domingo, 14 de agosto de 2011
Diálogo II
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Diálogo(indireto) I
Era noite, o céu limpo. Frio, era inverno. Queria poder te abraçar como da última vez, sentir você comigo novamente, Não diga bobagens, o tempo não volta e o passado não se repete tão facilmente, É uma pena, Talvez, na verdade eu nem sei mais direito sobre o que você está falando, Chega a ser engraçado você dizer isso, mas eu já sabia só não queria admitir, você me esqueceu, o tempo passou e eu nem percebi, Eu não te esqueci por completo, penso em você as vezes, quando chove, Acho que essa lembrança é a única parte que eu pude reconhecer em você, Mudei bastante, Somos dois, Nem tenho mais os cabelos pretos, E nem eu você em meus sonhos.
Algo tinha mudado, era quase imperceptível para os dois. Já não era mais inverno, o tempo passou muito rápido. Era verão e estava quase acabando. Acho que agora é adeus, posso até dizer que vamos nos encontrar no futuro, Eu entendo o que quer dizer, não quero ficar prolongando a despedida, então adeus.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Diálogo I
-Queria ser Nelson Rodrigues agora, Machado, Gomes Dias, um desses grandes.
-Porque?
-Para saber como colocar “ela” num texto, tirar apenas das conversas de bares entre amigos.
-Sinceramente nunca entendi essa sua fixação por alguém que não existe.
-Claro que existe!
-Ainda acho que você está ficando louco. Filosofando durante horas em cima de um sonho que teve . Faz quanto tempo que você começou com isso?
-Já fazem quatro anos. Fazia um frio e eu simples me perdi. Era um pivete. Acordei pouco com a imagem na minha cabeça, cabelos negros, pele...
-Bem branca, quase pálida, olhos castanhos e escuros como a noite e lábios vermelhos que se assemelhavam ao veludo. Isso eu já sei, escutei isso vindo de você bêbado no Ano Novo, que você deixou de pegar aquela loira. Que loira! Como era o nome dela mesmo?
-Camila, Carolina, Carlota. Sei lá o nome dela. E obrigado por me cortar animal.
-Desculpa, mas o nome da loira era mais importante. Nunca entendi porque deu um fora nela. Se falar que o motivo é uma morena da tua imaginação, eu te esgano. Você vai ser o maior imbecil da terra.
-Não, posso ser até um tolo, apaixonado por uma fantasia. Mas nunca deixei as de carne e osso de lado. A loira era muito burra, clichê, mas era. Perguntei o que ela achava do Hemingway.
- E ela?
-Disse que não gostava muito dessa marca de cerveja. Dai enfureci e mandei se ferrar.
-Realmente fez bem, ou não ela era tão gostosa. Mas agora me responde. Apaixonado?
-Pois é, apaixonado.” Ela” existe, eu sei disso. Isso não é apenas um sonho é mais concreto, veio de um sonho, de uma divagação. Talvez ela não seja morena, talvez a aparência seja completamente diferente. É a representação de algo mais inteiro, concreto.
-Sinceramente. Um livro ou qualquer texto sobre isso seria um lixo.
-Talvez.
-E como você pretende achar “ela”?
- E quem disse que não achei?
sexta-feira, 18 de março de 2011
Sem Título [3]
Meu nobre vicio, nunca consegui te largar. E agora não te tenho por completo, está escasso, difícil de se achar. Mas mesmo assim o que eu encontro eu agarro e não vou largar até ter usado cada grama ou gota que você gerar. E depois, talvez por não ser tão pura, acaba comigo, paralisa meu corpo a ponto de não conseguir piscar. Fico mal durante dias na cama, virado sempre para o mesmo lado, tentando seguir em frente e não te procurar mais.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
XIX
Verão, conheci seu rosto
Tão bela
Não conseguia parar de olhar
Precisava vê-la novamente
Outono, conheci seus olhos
Algemaram minha alma ao meu amor
Não conseguia respirar
Precisava tê-la
Inverno, conheci seus lábios
Tão vermelhos
Não conseguia parar de sonhar
Não precisava de mais nada
Primavera, um mal entendido
A dor não cessa